sexta-feira, 28 de junho de 2013

Alfredo Costa Pereira

“A ARTE XÁVEGA”

Esquecidos pelos arrastões que devastam a sardinha,
Os pescadores da Arte Xávega nos barcos em forma 
De meia-lua também a vão pescar, no Verão é norma.
Com destreza rompem as ondas logo de manhãzinha.

São empurrados contra as vagas nas rebentações,
Por bois ou tratores, e com força, os pescadores
Remam e galgam-nas com o palpitar dos corações,
Até o mar ficar sem espuma e acabarem os temores!

E no alto mar os xávegas em crescente lua, na época
Dão a volta ao saco da rede pela mão dos remadores
Barcos sem leme e sem vela, só a remos e sem doca!

Chegam à praia a riscar as ondas, trepam pela areia
Até se imobilizarem, com gaivotas e as redes à boleia!
As redes têm sardinhas e peixes de todas as cores…

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