“A GLICÍNIA TEM AS FLORES DA TERNURA”
A meio da tarde o caramanchão de glicínias em flor,
Era atravessado por uma suave brisa com doçura,
Tão leve que nem fazia baloiçar as flores da ternura!
Pintura, que nos incitava a soltar palavras de amor.
Sentados numa mesa de pedra de bancos corridos
Ladeada por hortênsias multicolores, no topo uma
Ramagem de bambus, à frente carreiro sem bruma,
Posta sob aquela frescura que nos deixava rendidos!
Contaste o que sentias por mim, com a face rosada
Disse-te que já há muito andavas sob a minha alçada
Eras a mulher da minha vida com quem queria ficar!
Brindamos com copos de água fresca tirada da nora
Beijamo-nos e fomos ver o ocaso pelo carreiro fora
Nuvens rubras com madeixas amarelas para alindar!
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