quarta-feira, 19 de junho de 2013

Alfredo Costa Pereira

“A GLICÍNIA TEM AS FLORES DA TERNURA”

A meio da tarde o caramanchão de glicínias em flor, 
Era atravessado por uma suave brisa com doçura,
Tão leve que nem fazia baloiçar as flores da ternura!
Pintura, que nos incitava a soltar palavras de amor.

Sentados numa mesa de pedra de bancos corridos
Ladeada por hortênsias multicolores, no topo uma
Ramagem de bambus, à frente carreiro sem bruma,
Posta sob aquela frescura que nos deixava rendidos!

Contaste o que sentias por mim, com a face rosada
Disse-te que já há muito andavas sob a minha alçada
Eras a mulher da minha vida com quem queria ficar!

Brindamos com copos de água fresca tirada da nora
Beijamo-nos e fomos ver o ocaso pelo carreiro fora
Nuvens rubras com madeixas amarelas para alindar! 

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