terça-feira, 18 de junho de 2013

Agostinho Borges de Carvalho

Água-vida
(em terras de montanhas)
Agua,floresta 
inscrição na paisagem interior.
Água que fertilizas,
natividade
originalidade
seiva matricial do ser.
Ladeada por montes
e assoprada por
melros e cotovias.
Que vidas!Que vidas!
Nada é enfadonho!
Nem tristonho!
Sopros da natureza,
montanhas,
rochas
e água.
E na imensidão do olhar
vou sulcar
vontades,
lumes atiçados,
em sonhos
e pedaços de melancolia.
E lá no alto
o corpo prolonga-se.
Com estes montes
e água,
bela conjugação,
decifração do coração.
Sou ave
que rasga estes
montados
com gritos de solidão
e perdão.
Aqui neste azul e branco,
se começa o mito
da palavra.
É ninho de felicidade
e vontade.
Sou ave.

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