segunda-feira, 17 de junho de 2013

Agostinho Borges Carvalho

Canto da terra

Nestas impurezas e labirintos,dilatei meus braços a encostar-me à terra.
Impurezas.
Desvelos desta gramática de fantasias e comunicações várias.
Mas,rodeei-me de montes,gritantes e ,qual cavalo,buscando a liberdade,insinuei-me de
mitos e crenças que espalham a fertilidade e a alegria.
Este habitar é salpicado pelo teu olhar.
E aqui estarei neste sereno tempo de letargia e harmonia com a sinfonia do
chilrear de pássaros.
E toda a transparência da vida e o seu protesto se inculca neste silêncio,inscrito em sinais
coloridos,com flores,orquídeas,jacarandás e giestas.
Tudo isto é universo espiritual.
E o calor,qual fogo,queima a paixão de nos enternecermos com esta magia da surpresa
do luar.
Te vou devorar-suor,excitação ,corpo erotizado.
E o canto da terra,no amanhecer e no anoitecer,sulca o mar de sonhos e quebra
a monotonia.
Felicidade é esta sombra escondida neste enredo intrincado do viver.
É saudar este tempo amoroso-viver,não fenecer,
sonhar e rejuvenescer.

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