segunda-feira, 6 de maio de 2013

Renata Rothstein

Limiares

Limiares risíveis sofríveis absurdos vultos
Aviltante desonra agora mudo mundo afora
Foram-se os nós aqueles mesmos velhos sóis
Mares artificiais não mudo inundo meu mundo

Perto do fim registro o que se apague quando
Vestígios de celebrações em mim civilizações
Ressurge um mundo anos luz do imundo mundo
Desiludido fascínio provinciano e repito quantos

Arquitetônicos espaços calo desvairo o traço
Além céu um além mar e invisível a fronteira
Renasça pois no fim aquilo que houve e traga
A entrega embriagada do encanto desenfreado

Perceptíveis zombarias psicóticos entes alhures
Apocalipses vidas em elipse fugas em eclipse
Mundos profundos cordas e serpentes intente
Impotente ardência jugo mítico o inventar resvalo

Do caos as letais fortalezas faróis ludibriam
Cerro os olhos levanto caminho o mundo
Corro invencível coro de quase sempre
Vislumbro descumpro promessas nunca

As certezas - tímidas
Assombram.

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