Margarida Cimbolini
ESCREVENDO AREIAS
por Margarida Cimbolini
chamo-te areia
porque escorres
porque na ampulheta
contas o tempo
e o tempo ecoa voa soa
não é ruído
nem som nem cheiro
na mina
será mineiro
de luz na testa e com cheiro
na mão é areia
onde me enterro
que engulo
sem dirigir
sombras que peneiro
musica que quero ouvir
areia no canteiro
no deserto
no caminho inteiro
terra onde quero ir
Nenhum comentário:
Postar um comentário