segunda-feira, 6 de maio de 2013

Margarida Cimbolini


ESCREVENDO AREIAS
por Margarida Cimbolini

chamo-te areia
porque escorres
porque na ampulheta
contas o tempo
e o tempo ecoa voa soa
não é ruído
nem som nem cheiro

na mina
será mineiro
de luz na testa e com cheiro

na mão é areia
onde me enterro
que engulo
sem dirigir

sombras que peneiro
musica que quero ouvir

areia no canteiro
no deserto
no caminho inteiro
terra onde quero ir

Nenhum comentário:

Postar um comentário