terça-feira, 14 de maio de 2013

Celeste Leite

POR VEZES...

Por vezes deixo as coisas andar sem rumo
E não pretendo sequer seguir algum caminho
Apenas me deixo ir.....ao abandono
Enquanto oportunidades me falam baixinho
É a tua vez, desperta e liberta o passado que há em ti.
Mas não sei domar este pensar, este parar no tempo
Este novelo de lã que me escapa por entre os dedos
Já não são segredos, já não são tristezas
São certezas com que tenho que pactuar
Já morri, já renasci e continuo na sombra de mim
Tudo se repete no dia que se segue
Coloco pedras de gelo onde deveria colar torrões de açúcar
E tranco-me em quatro paredes pra não ser vista
Escondo a tristeza pela orla dos meus sorrisos
E as palavras são o tecto dos meus medos, meus abrigos.

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