segunda-feira, 13 de maio de 2013

Catarina Pinto Bastos

PUDERA EU

Pudera eu, desenhar palavras belas, 
que de novo te pudessem encantar. 
Pudera eu, dizer-te que eras a Lua que 
iluminava o meu céu, agora tão escurecido
Pudera eu dizer-te, que até o próprio sol
se entristece e fenece, com a tua demorada ausência.
Tal como ele, pareço uma flor sem perfume nem cor
que necessita de sol, ar e água para poder sobreviver.
Murcha e triste, porque lhe faltou o vigor que a sustinha
Falta-me a tua presença, e da tua voz tenho sentido carência,
das tuas mãos a vaga lembrança da caricia desejada
e adorada. Do teu corpo o cheiro, da pele beijada e amada
Pudera eu dizer-te tanta coisa, que naquela altura achei
não ser precisa. Agora, não quero que saibas, que continuo
ainda e sempre a te amar, e de saudades tuas lenta e
sofridamente a definhar, por não te poder ver ou falar.
Quisera eu, voltar atrás no tempo, se atrás pudesse voltar
Dizer-te sempre, amo-te meu amor…e nunca mais te deixar.

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