sábado, 11 de maio de 2013

Alfredo Costa Pereira

“ÉS O MEU SOL”

Quando te vejo na rua, entre a multidão que passa,
Não sei que graça é a tua, que eu só vejo a tua graça!
É esta a verdade nua que me encanta e me desgraça,
Andas a fazer de espinho e meu peito se espedaça!

Os teus olhos esverdeados, olhos com que me perdes
São profundos como o mar, lindos como algas verdes!
Dá-me a tua mão mimosa, tenho vontade de a beijar,
Minha estrela, minha rosa, não me eixes afogar!

E, lá no além o sol descia numa estranha sinfonia
E nem por isso acontecia que minha alma ficasse fria
Ou se fosse tornando mais escura ou menos crente!

O sol parecia descer mas não havia sol-poente,
Enquanto ali estivesses comigo naquela esplanada!
Mas o sol não descia, porque sol eras tu minha fada!

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