quarta-feira, 8 de maio de 2013

Agostinho Borges de Carvalho

Cidade azul

Nasceu a luz.Fui siderado pelo vento que me enche de vaidade e sopra sonho,mel e esperança.
Fui roçando ,qual animal seduzido,o meu rosto no teu enquanto as meiguices se 
perdiam pelo café ,cheio de tuas palavras de açucar.
E a cidade buliça e agita-se.Cidade azul na imensidão deste largar a terra ,rumo ao
mar.
Fervem as almas dentro dela e os mais literatos sentem-se incapazes de travar a
angústia.
Somos prisioneiros destas ilusões e cativa-nos a tua palavra para nos endeusar.
À nossa volta os pedaços de corrupção.
E a imaginação cria formas de beleza e povoam-nos seres famintos de verdade.
A beleza é pouco amor.O mundo que vivemos transforma-nos.
O movimento das pessoas é o pêndulo da harmonia.
EScapamo-nos pelo nada e o viço desta alegria é o teu sorriso.
Somos levados por este azul-branco das nuvens para escutar a música dos acordes
poéticos.
Sem mim ,não acordas de novo para proferir teu nome.
Gravei-o nestes lampejos de luz e no luar.
Enaltecerei o teu corpo,templo de ser,porta aberta da saudade e deste incestuoso momento.
Contigo,te saudarei tempo,luar,mar.

Sou ave de desejo.

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