segunda-feira, 15 de abril de 2013

Maria Morais de Sa

Engano!

Foram um engano
essas mãos que me tocaram,
esses beijos quentes mais que sol,
essa ternura lúdica!
Só os desejos e a sedução
te acusavam.
Quando o que de ti senti
foi um simples engano,
uma simples ilusão!
Ardeu e queimou mais que em mim!
Tudo se tornou em cinzas
o que de ti recebi!
Até essa luxúria encantada,
sinto hoje ter sido decapitada
porque é tão pouco o que resta
no meu corpo o que pintaste
e o tanto que entonteci.
De ti morri!
Sempre sonhadora e amante,
procurando no teu sentir a verdade
que não foi senão por desejo
que me envolveste em tanto beijo
e tanta sede de ti!
Enganei-me!
Ou me enganas-te...
Não pelas promessas que fizeste
mas dos rios que em nossa cama suaste,
ao fazer-te em delírio de amor,
se não era por mim que comigo,
nessa cama te deitaste!

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