Ai abril…
Abril passeia ferido
Os cravos desbotaram
O anseio virou pesadelo
Febril na areia caído
Os bravos tombaram
Creio que alou o zelo
A vontade de lutar
Por este querido país
Que volta a subjugado
Com a verdade a voar
Sentido que não quis
Poema à solta castrado.
A primavera não canta
Os vermelhos cravos
O maio florido e maduro
É severa a tormenta
Os desvelos dos nabos
É ensaio perdido e fraco
O povo anda derrotado
Num sombrio sorriso
De lágrima encapotada
Clama por novo soldado
Com o brio que é preciso
E esgrima bem pela Pátria.
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