segunda-feira, 1 de abril de 2013

Joaquim Barbosa

DESPERTEI OS MEUS SENTIDOS

Despertei os meus sentidos
Pois pareceu-me ouvir gemidos
De alguém que estava a chorar…
Estava escuro como breu
E nem as estrelas do céu
Bastavam para iluminar.

Ao som dirigi meus passos
E estendi os meus braços
À criança que chorava.
Perguntei qual o seu nome
Disse-me que tinha fome
De nada mais se lembrava.

À minha mesa a sentei
Da minha comida lhe dei
E procurei dela saber mais!
Porque estava assim sozinha?
Coitada da pobrezinha!
Onde estariam seus pais?

Disse-me com voz embargada
Que tinha sido abandonada
Os pais não tinham que comer…
Meu Deus… Por esse país fora!
Quantas crianças agora
Com fome estão a sofrer!


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