Auber Fioravante Júnior
Luar, onda do mar,
E a voz do vento talhando a pedra,
Na areia onde ergue castelos, traz aos olhos
A poesia do milagre... Terra!
Da nascente escrevente
O verbo de versejar, o verso de versar
Despontando em sinais, numa mitologia
Oriunda d’alma, gota marejada...
História de amor!
Dor... Oh! Dor das brisas vigilantes,
Etéreo o ser navegante das páginas
D’aventurança guiada pelo viver em sóis!
Poema... Oh! Poema canção
Do nada surges, do alivio nutres,
Âmago coração, toada pranto solitude!
Voar... Ah! Voa escriba dos lírios etílicos,
Semeando por vilas e brochuras todo o amanhecer
Da letra em melodia, todo o anoitecer
Da nota em partitura, lirismo ao peito,
Ao seio desnudo, canteiros florescer, viver!
Quero chorar, mas minha voz cala-se
Ao caminhar da madrugada... Taça cristal!
O sonho... Continua vivo!
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