quarta-feira, 20 de março de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro

HÁ HORAS

Há horas em que os teus beijos são mais doces!
Horas em que o crepúsculo afaga as almas…
Horas houve em que o teu corpo, o mar me trouxe,
em algas, e nos estios das marés calmas.

Houve horas, que a voz do vento eu antes fosse
as loucuras que te enlaçavam como palmas,
um arco-íris, de tâmaras, sempre doce
e um oásis de águas mornas e vivalmas.

Há horas, na tarde mansa podes crer,
espelha-se o céu, inteirinho p’ra te ver
na ramagem onde poisa a Primavera.

Há horas que os nossos corpos criam astros,
que os teus seios são rios de lava, e alabastros
na fusão dos meus braços, troncos de hera.

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