quarta-feira, 20 de março de 2013

Fábio Ferreira

Migração

Emigra cada jovem ave triste
Deste ninho que às viu nascer;
Pois sabem que nele já não existe
Mais calor com que possam viver.

Estendem as suas asas
À longa emigração…
Lá longe das suas casas
Sempre encontram um pouco mais.

No lugar de cada ninho abandonado
Ficam árvores pesadamente desfolhadas.
Um rebanho que passa ali ao lado
Sem pastor que às possa guiar por outras estradas.

- Um poeta fica a ver as aves partir,
Sentado na pedra-do-seu-pensamento,
Sem saber quando voltará a Primavera a surgir
E com Ela, venham as jovens aves de contentamento.

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