terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Rubrica: Poemas do dia / 22 de Janeiro de 2013








DOCE MAGIA
Vou entrar
na sua poesia.
Nessa doce magia,
onde encontro você.
Beijar cada letra,
que só me ensinam
a te querer.
Palavras que se formam,
entrando em meus poros,
possuindo todo o meu ser.
E me abandono
em linhas tão doces,
que me entrego a cada verso,
como se fosse pra você.
E o meu mel gotejante,
latejante em todo
o teu corpo,
da vontade de lamber.
E quando absorvo
a última gota,
é quando acabo de te ler.
Mas sinto ainda em minha boca,
o gosto de você.


(leny-Mell) 





MEU NOME
por Margarida Cimbolini


meu nome é ir
pelos espíritos inquietos
pelas matas
pelos prados
pelos caminhos do futuro
ou transversais do passado
ir para ti
é tão bom ir
seguir os passos das gaivotas
morrer em praias ignotas
indo sempre
correndo no coma das ideias
em embrião
sendo das chuva as águas
das grades o portão
ser afoitas madrugadas
ser margarida
na beira das estradas
e ser colhida
por tuas mãos...





Rosa Ferreira
A ROLA



O Sol deu os bons dias

E apressadamente partiu

A rola que a cantar ouvia
De seguida também saiu


Parecia assustada

Ou será porque teria

As suas penas molhadas
Com a chuva que caía?


Recolhi-me desolada

Pro interior da mansão

Como pássaro com asa quebrada
Que não consegue sair do chão


De repente batem à porta

Pedindo para entrar

Era a Sra. Saudade
Que ao ver-me só e absorta
Se queria instalar


Convidei-a a ficar

Aceitou com alegria

Junto a mim gosta de estar
Para me fazer companhia


tulipanegra







“CONTIGO A VOAR VAMOS DAR A VOLTA AO MUNDO”



Aves a planar com as suas abertas asas

Fazem-me fechar os olhos e sonhar sem destino,

Pairar sobre os campos, cidades, e casas
Com as minhas próprias asas, num voo divino!




Fugir ao pó da terra dos velhos caminhos 

Andar acima dos telhados e dos ninhos

Esquecer o cansaço, de a passo, subir a serra,
E contigo furar as nuvens que o céu encerra!




E lá nas alturas que as nuvens escalam

Corações calados como pedras que falam

Olhamos a grandeza do mar sem ter fundo,



E porque pressinto um sonho em cada estrela

Talvez porque estou só e a hora é bela

A sonhar contigo voando dou a volta ao mundo!



Alfredo Costa Pereira






PORQUE SERÁ
( Manuela Vaz Medeiros)
Choram os olhos razos de lágrimas
Chora a saudade em labirinto
Sente a alma as suas mágoas
Mostando no olhar,aquilo que sinto


Porque será?Perguntarei eu
Que o olhar é tão expressivo
Sente o que vive,mostra o que viveu
Como o cérebro...é pensativo


Brilha de felicidade
Fixo, em profundo pensamento
Chora na hora da saudade


Sorri,quando sente liberdade
Porque será que na verdade
O olhar...também voa como o vento???


M.Medeiros 22/01/2013





O poeta!
Quando o poeta canta
também impõe sentimento
e por vezes até encanta
a quem lê o seu lamento!


Não quer criar espanto
nem dor nem surgimento
quer lavar a alma insana
que descreveu nesse momento!


O poeta também sofre
quando escuta o seu cantar
nos seus poemas esconde
o que vida lhe está a dar!


Em seus sonhos vê quimeras
e ilusões a decifrar
dá aos Invernos Primaveras
e à alma o verbo amar!


Quando o poeta ama
tem muito para dar a sonhar
com suas palavras ata
os laços de quem quer lembrar!


Ilude com poesia
a sua própria sorte
mente à sua alma vazia
e dá vida à sua morte!


Quando o poeta sonha
com seus braços quer abraçar
os corações de quem ama
e aqueles a quem quer amar!


Faz lutas guerras e ilusões
cria estrelas sóis e luas
vive todas as emoções
sozinho por todas as ruas!


O poeta nunca se cansa
e tem muito para dizer
ele canta com esperança
e escreve até morrer!


Maria Morais de Sa

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