DOCE MAGIA
Vou entrar
na sua poesia.
Nessa doce magia,
onde encontro você.
Beijar cada letra,
que só me ensinam
a te querer.
Palavras que se formam,
entrando em meus poros,
possuindo todo o meu ser.
E me abandono
em linhas tão doces,
que me entrego a cada verso,
como se fosse pra você.
E o meu mel gotejante,
latejante em todo
o teu corpo,
da vontade de lamber.
E quando absorvo
a última gota,
é quando acabo de te ler.
Mas sinto ainda em minha boca,
o gosto de você.
MEU NOME
por Margarida Cimbolini
meu nome é ir
pelos espíritos inquietos
pelas matas
pelos prados
pelos caminhos do futuro
ou transversais do passado
ir para ti
é tão bom ir
seguir os passos das gaivotas
morrer em praias ignotas
indo sempre
correndo no coma das ideias
em embrião
sendo das chuva as águas
das grades o portão
ser afoitas madrugadas
ser margarida
na beira das estradas
e ser colhida
Rosa Ferreira
A ROLA
O Sol deu os bons dias
E apressadamente partiu
A rola que a cantar ouvia
De seguida também saiu
Parecia assustada
Ou será porque teria
As suas penas molhadas
Com a chuva que caía?
Recolhi-me desolada
Pro interior da mansão
Como pássaro com asa quebrada
Que não consegue sair do chão
De repente batem à porta
Pedindo para entrar
Era a Sra. Saudade
Que ao ver-me só e absorta
Se queria instalar
Convidei-a a ficar
Aceitou com alegria
Junto a mim gosta de estar
Para me fazer companhia
“CONTIGO A VOAR VAMOS DAR A VOLTA AO MUNDO”
Aves a planar com as suas abertas asas
Fazem-me fechar os olhos e sonhar sem destino,
Pairar sobre os campos, cidades, e casas
Com as minhas próprias asas, num voo divino!
Fugir ao pó da terra dos velhos caminhos
Andar acima dos telhados e dos ninhos
Esquecer o cansaço, de a passo, subir a serra,
E contigo furar as nuvens que o céu encerra!
E lá nas alturas que as nuvens escalam
Corações calados como pedras que falam
Olhamos a grandeza do mar sem ter fundo,
E porque pressinto um sonho em cada estrela
Talvez porque estou só e a hora é bela
A sonhar contigo voando dou a volta ao mundo!
PORQUE SERÁ
( Manuela Vaz Medeiros)
( Manuela Vaz Medeiros)
Choram os olhos razos de lágrimas
Chora a saudade em labirinto
Sente a alma as suas mágoas
Mostando no olhar,aquilo que sinto
Porque será?Perguntarei eu
Que o olhar é tão expressivo
Sente o que vive,mostra o que viveu
Como o cérebro...é pensativo
Brilha de felicidade
Fixo, em profundo pensamento
Chora na hora da saudade
Sorri,quando sente liberdade
Porque será que na verdade
O olhar...também voa como o vento???
O poeta!
Quando o poeta canta
também impõe sentimento
e por vezes até encanta
a quem lê o seu lamento!
Não quer criar espanto
nem dor nem surgimento
quer lavar a alma insana
que descreveu nesse momento!
O poeta também sofre
quando escuta o seu cantar
nos seus poemas esconde
o que vida lhe está a dar!
Em seus sonhos vê quimeras
e ilusões a decifrar
dá aos Invernos Primaveras
e à alma o verbo amar!
Quando o poeta ama
tem muito para dar a sonhar
com suas palavras ata
os laços de quem quer lembrar!
Ilude com poesia
a sua própria sorte
mente à sua alma vazia
e dá vida à sua morte!
Quando o poeta sonha
com seus braços quer abraçar
os corações de quem ama
e aqueles a quem quer amar!
Faz lutas guerras e ilusões
cria estrelas sóis e luas
vive todas as emoções
sozinho por todas as ruas!
O poeta nunca se cansa
e tem muito para dizer
ele canta com esperança
e escreve até morrer!
Maria Morais de Sa
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