Sonhos indicifraveis
O dia chega....
E levanta-se numa manha azul...
Que se deita para morrer....
O dia chega....
E levanta-se numa manha azul...
Que se deita para morrer....
Com ele....
Dislumbramos....
A linda imagem do horizonte....
O ceu e a terra....
Se fundem com o tudo e com o nada....
E formam....
A mais bela cupula gigante.....
Protegendo-nos....
De tudo o que esta para vir.....
O sol em pleno extase....
Num ardor sublime....
Aquece a atmosfera....
E fala uma linguagem propria....
Ao longe.....
Perto de um qualquer ribeiro sem nome....
Ve-se os dedos do sol.....
Enterrarem-se no fundo da agua.....
E uma brisa morosa.....
Deixa as arvores felizes....
Fazendo-as dancar.....
Num bailado de bom augurio....
A fazer lembrar....
Os sonhos que sempre quis ter....
Com isto....
A noite aproxima-se.....
Querendo precipitar-se e mostrar.....
Os corredores vazios de silencio.....
Numa expressao dificil de classificar....
Um passaro de ternura....
Cheira uma flor de profundidade..
Que tento decifrar....
E numa encenacao especial....
Veja a lua cantar com as estrelas....
Onde o brilho da verdade....
Os rebentos de luz....
As faiscas lentas....
Desfazem-se em silabas e segredos....
Espalhando em nos....
Todos os encantos da lua....
Num resplendoroso jogo de luzes....
Que iluminam......
Todas as palavras que tinha esperado....
E que se tornaram.....
Em sonhos indicifraveis....
Rogério P. Carreira
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