segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Soneto Singelo

A bela rosa que ante a porta espera

No simples gesto que esta mão ensaia
Aguarda só que o teu receio caia,

Dissipe o medo de quem te venera...

Desvelo aflito, preso na quimera,

Singela voz, que espreita na tocaia

E o verbo vivo que jamais desma
  Coloca os lábios numa mesma esfera.

No raro anseio, próprio de quem sente

E audaz transita, feito alma curiosa
Não hás de andar, assim, impenitente,

Enquanto a sede grito aos céus, furiosa:

Rente ao ouvido é sempre um verso ardente
E um beijo doce aquece a mão e a rosa...

Francisco Settineri.



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