EU
Quando a penumbra invade a minha cela
e dançam no ar, imagens grotescas,
o mar se enfurece em ondas dantescas,
chega a minha noite, em iras de procela.
E vens ó noite, quão triste donzela,
grande imensidão de asas gigantescas,
trazer-me os teus ais em taças burlescas,
beber do meu vinho, orgia tão bela.
Depois, em letargo, passam-se os meses.
Não há tédio, ou brumas, não há reveses,
chega o sol, a Primavera e, por vezes,
rasga-se a noite, nascendo o meu dia.
Eu grito em catadupas de alegria:
- Não há sol mais lindo, que lindo dia!
Manuel Manços
E vens ó noite, quão triste donzela,
grande imensidão de asas gigantescas,
trazer-me os teus ais em taças burlescas,
beber do meu vinho, orgia tão bela.
Depois, em letargo, passam-se os meses.
Não há tédio, ou brumas, não há reveses,
chega o sol, a Primavera e, por vezes,
rasga-se a noite, nascendo o meu dia.
Eu grito em catadupas de alegria:
- Não há sol mais lindo, que lindo dia!
Manuel Manços

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