sábado, 4 de agosto de 2012

VENTOS

Zéfiro chegou de mansinho

As folhas das árvores
Meneiam-se num doce torpor,
Final de tarde primaveril ….
Os pássaros regressam a casa,
num voo sereno.
A noite cai,
Os ventos amotinam-se,
rejeitam Zéfiro ,
praguejam,
rugem grotescamente,
A poeira levanta-se,
As portas batem,
As crianças buscam o aconchego,
Os namorados enlaçam-se…
A rua fica vazia,
A natureza debilmente resiste,
Mas…
Sucumbe!
Nesta noite o poderoso Eolo vencera,
mas Zéfiro voltará…
numa serenidade transbordante!
Num pleno renascer !

Tina Tinoco
 
 

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