OCEANO
Jamais o mar
será amigo do homem
apenas será seu parceiro
no imutável desassossego
da busca persistente do eu.
Somente o mar
será aliado do homem
na consumação do singrar
epílogo do sentir eternizado
de quem a ele está vinculado.
Edite Pinheiro
Porque Temos de Medir tudo
Jamais o mar
será amigo do homem
apenas será seu parceiro
no imutável desassossego
da busca persistente do eu.
Somente o mar
será aliado do homem
na consumação do singrar
epílogo do sentir eternizado
de quem a ele está vinculado.
Edite Pinheiro
Porque Temos de Medir tudo
Vinte e quatro horas!
Tão longas, rotineiras,
pouco saudáveis, pesadas,
às vezes más companheiras…
Eu tenho horas a mais,
quem as partilha comigo?
Não cabem no meu cesto roto,
no meu colo inchado.
Pensei fazer um colar mas…
quando fui cozê-las
quebraram-se como cristais.
Agora os meus dias não têm horas.
Porque as teriam inventado?
Será que precisamos medir tudo?
O tempo? A vida? A morte?
Até os sentimentos?
Se outrora as horas temi,
agora, simplesmente, esqueci.
Paula Amaro
Tão longas, rotineiras,
pouco saudáveis, pesadas,
às vezes más companheiras…
Eu tenho horas a mais,
quem as partilha comigo?
Não cabem no meu cesto roto,
no meu colo inchado.
Pensei fazer um colar mas…
quando fui cozê-las
quebraram-se como cristais.
Agora os meus dias não têm horas.
Porque as teriam inventado?
Será que precisamos medir tudo?
O tempo? A vida? A morte?
Até os sentimentos?
Se outrora as horas temi,
agora, simplesmente, esqueci.
Paula Amaro
Sabem que não sou de desistir
Posso olhar para trás e parar
Mas continuarei a andar
Sem precisar de fugir
E se me quiserem seguir
Têm de me acompanhar
Mas não me peçam para ficar
Deixem-me apenas ir
Podem fazer todo tipo de baixaria
Mas eu permaneço firme e forte
Podem boicotar a minha poesia
Mas nunca tirarão minha sorte
Não vou desistir nunca!
Estarei de pé na minha pose
Se cair levanto-me
Podem tentar mais uma vez me derrubar
Podem tentar mesmo me importunar
Mas eu nem me vou queixar
Se cair levanto-me
Sem nada dizer
Podem boicotar todo meu trabalho
Mas eu continuo lutando
Sei bem o que valho
Podem interromper
O meu caminho
Podem contradizer
O meu destino
Mas eu sigo andando!
…
Ana
Conceição Bernardo
musa
musa
Sonho
É o sonho
Que me solta lá do fundo,
Que me eleva ao pico surreal,
Que me chama, que me acolhe
Além do mundo, que me aquece
Na chama universal.
É o sonho
Que me leva, sem chegar,
Que me abraça na força do seu grito,
Que me traz a noite e a lua,
O sol e o mar,
Que me beija no calor do infinito.
É ao sonho que me dou
Nas noites frias,
Com quem corro nas tardes de verão,
A quem ofereço o sorriso dos meu dias,
A quem segredo o meu amor,
Em oração.
Maria da Fonte
QUANDO TU ÉS
MADRUGADA
Amanhece por cima das casas
e tu respiras de mim
os últimos beijos fechados na escuridão,
roubas-me lampejos aos olhos
para que eles desmaiem ao teu encanto.
Tens sulcos na pele
e eu lágrimas que extraem
poros de areia e sede,
aperto o teu corpo eflúvio
impregnado de sentidos
e as horas avançam efémeras.
Amanhece…
desenhamos segredos
aos primeiros raios de sol
e prometes
que serás o meu cais para sempre.
De novo moldamos
os afectos
no chão que se faz leito,
retoco-te os contornos
com a ponta dos dedos
na plenitude dos meus olhos.
Indeléveis ficam as marcas
do verbo conjugado,
as pálpebras deformam-se no êxtase
e as pupilas ganham sombras.
Amanhece por cima das casas
e sublinho-te na minha consciência.
Uma e outra vez…
© Francisco Valverde Arsénio
Amanhece por cima das casas
e tu respiras de mim
os últimos beijos fechados na escuridão,
roubas-me lampejos aos olhos
para que eles desmaiem ao teu encanto.
Tens sulcos na pele
e eu lágrimas que extraem
poros de areia e sede,
aperto o teu corpo eflúvio
impregnado de sentidos
e as horas avançam efémeras.
Amanhece…
desenhamos segredos
aos primeiros raios de sol
e prometes
que serás o meu cais para sempre.
De novo moldamos
os afectos
no chão que se faz leito,
retoco-te os contornos
com a ponta dos dedos
na plenitude dos meus olhos.
Indeléveis ficam as marcas
do verbo conjugado,
as pálpebras deformam-se no êxtase
e as pupilas ganham sombras.
Amanhece por cima das casas
e sublinho-te na minha consciência.
Uma e outra vez…
© Francisco Valverde Arsénio
Desisto de
ser feliz!
Missão tão difícil seria esta,
Escrever-te a tal última carta,
Dizer-te tudo e o que ainda resta,
Antes então, que meu coração parta!
É melhor distanciar-me de ti agora,
Para que esse amor enfim se acalme,
Transformando em amizade por fora...
Já que por dentro, arde e queima-me!
E ainda teima nesse amor, sem hora,
Deixando meu coração sem cura,
Sofrendo dor e tola amargura!
Afasto-me de ti, não vou embora,
Amo-te com paixão e doce ternura,
Desisto de ser feliz, desventura!
© SOL Figueiredo
Missão tão difícil seria esta,
Escrever-te a tal última carta,
Dizer-te tudo e o que ainda resta,
Antes então, que meu coração parta!
É melhor distanciar-me de ti agora,
Para que esse amor enfim se acalme,
Transformando em amizade por fora...
Já que por dentro, arde e queima-me!
E ainda teima nesse amor, sem hora,
Deixando meu coração sem cura,
Sofrendo dor e tola amargura!
Afasto-me de ti, não vou embora,
Amo-te com paixão e doce ternura,
Desisto de ser feliz, desventura!
© SOL Figueiredo
ERNEST
HEMINGWAY
Como te entendo meu sempre novo
em terra ou no mar,
em delírio, sempre apaixonado
debaixo de olho a amiga
da ainda tua
mulher
siga…
Vamos a África ver as colinas pretas
secas
de tanto serem sugadas
pelos homens sem mulheres
Queres?
Vadio, diziam
libertino
por quem os sinos não dobraram
em espanhas de toiros mansos
tansos…
Desafiaram os bravos
não te caçaram para fazer a fiesta rija,
franca pró franco,
hitler também
quem?
O meu salazar
começa a dar
foda-se…
Morte ao entardecer em mar velho
foi-se
aponta-lhes a gun
bebamos um shot
conta- me uma short story
sim
gim-tónico
à nossa…
Jaime Portela
Como te entendo meu sempre novo
em terra ou no mar,
em delírio, sempre apaixonado
debaixo de olho a amiga
da ainda tua
mulher
siga…
Vamos a África ver as colinas pretas
secas
de tanto serem sugadas
pelos homens sem mulheres
Queres?
Vadio, diziam
libertino
por quem os sinos não dobraram
em espanhas de toiros mansos
tansos…
Desafiaram os bravos
não te caçaram para fazer a fiesta rija,
franca pró franco,
hitler também
quem?
O meu salazar
começa a dar
foda-se…
Morte ao entardecer em mar velho
foi-se
aponta-lhes a gun
bebamos um shot
conta- me uma short story
sim
gim-tónico
à nossa…
Jaime Portela
Meu mundo..
Um dia meu mundo será azul, rosa, lilás... Com todas as cores...
Ouvir-se-á, o vento, o barulho das águas, os sons da natureza, em lindas canções...
Se e experimentará, o prato preferido, a fruta madura, o doce no ponto e todos os sabores...
Terão risos soltos, passeios de mãos dadas, olhares cruzados, cheios de emoções...
Relacionamentos sinceros, amor verdadeiro, corações apaixonados...
Flores enfeitando por todos os cantos, em um lindo clima a envolver...
Ombro amigo, mãos estendidas, conforto e abraços apertados...
Perfumes e aromas quentes, despertando a fome e o prazer...
Não terá distancias, nem saudade...
Como um delicioso entardecer...
Sem grandes tristezas, sem maldade...
Um dia meu mundo será pra mim...
Um arco íris de viver...
Lindo, intenso e com você... Simples assim...
Por: Sueli Rosa








Grande poeta Sepulveda, é uma honra imensa ter um soneto meu postado por ti, pessoa de alma nobre, que tanto admiro, encheu-me de alegria teu ato de carinho, meu muito obrigado.
ResponderExcluirSueli Rosa