segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

sem moldura




sem moldura

um raio de sol escarlate
feriu a boca da noite
o mundo cão farejou o assombro
o corpo
do outro lado da rua
o corpo
o grito
o sangue vivo
no paletó branco de cambraia de linho
um único golpe
uma lâmina afiada
o asfalto vermelho
no ar
um cheiro agradável de pão quentinho
espalhava-se com a aurora




Izabel Lisboa


3 comentários:

  1. Uau! Sinto-me honrada! Obrigada, José! Grande Beijo!

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  2. Sem moldura a vida acontece, em versos, em prosas, em sangue poesia...


    Um beijo a todos por aqui, boa semana.

    Carmen.

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  3. Beijos, Carmem! Obrigada pelo carinho do comentário!

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