Pleno ébano.
Filho dileto de airá,
que agora eu em arfante afã,
possa acelerar trejeitos de auá...
Que eu possa minhas preces ajaezar,
e mergulhado na graça da segunda ai-lá,
- pra mim a mais forte sagração da salá -
que faz-me projeto de malemba,
onde em sonoras malembes,
prostro-me aos pés de Orixá,
pedindo pra me guardar aqui,
como se eu estivesse lá.
E nessa prece, que há e deve chegar,
pra me livrar do pensamento sórdido
de querer a alguém maleficiar.
Vou cuidar de fazer com carinho o malaxar,
pra poder aliviar minhas dores
quando sentir que fortes odores,
de outros orbes,
vierem me cobrir de sofreres,
dos quais meus quereres
não sejam suficientemente fortes
pra deles se libertarem,
buscando outra sorte...
E na busca altiva da luz de Orixá,
que eu possa me achegar em pensamento
ao nobre sentimento,
que veste Orixalá
para me conceder um amanhã
onde eu possa espargir a magia,
a sabedoria de um oxalufã,
a demonstrar que todos somos órfãos sedentos
dos mesmos sagrados intentos,
que nos cabe amar.
Como se um unos fôssemos...
que possamos adurir,
todos os males do não perdoar,
e aeriformes,
pedindo proteção à Iansã,
perante ao azul do mar,
que iguala padres, rabis, pastores e ialorixás.
Que possamos ecumenicamente
retornarmo-nos ao estágio de gente,
sagrando-nos como irmãos
na amplidão do que se faz brilhar,
anunciando a PRECE,
que deve e breve, irá chegar...
josemir(aolongo...)
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